Os exemplos são repetidos, com nenhuma fagulha de mudança mas, tornando-se velhas, mesmo que intocadas, não através do tato, e sim pela areia do tempo, pela ampulheta infinita que vira e revira. A desobediência incrustada, também escapa, e a guilhotina de segundos após segundos vai ao céu. Quem era o meu sedutor, há não ser eu mesmo com um sorriso entreaberto e de soslaio? Prefiro ainda ter morrido no ventre.
Quando soube do pecado mortal, conhecimento adquirido na infância, imaginei que seria difícil não cometê-lo. Então para uma criança, morrer jovem seria uma boa maneira para se levar ao céu, claro que, sem cometer o pecado que lhe expeli do paraíso. Envelheci da pior forma. Me exteriorizei simuladamente, e quando envelhecemos aliás, é a única coisa que criamos um grande conhecimento... simular, fingir!
Queimei os cabelos, pois não tive forças de trancar a respiração num pequeno lago, nem vi a cobra que poderia me engolir. O escarro para mim já não é maçante, e me previno ao me masturbar envenenando meus hereditários.
Ora, ora! Envelheci da pior forma.
2 comentários:
a única coisa que criamos um grande conhecimento... simular, fingir!
não consigo comentar esse , rsrsrrs.
Poderia fazer a ligação entre este texto e a ilustração de Samuel Beckett... o passado é isso... passado...não há um passado pior ou melhor... assim como também não há um futuro pior ou melhor... porque a cru tudo que há e que nos pertence é presente!
Bravos ao texto... muitos ao título!! Escrita tão comprovada!!;)
Um OBRIGADA pelas belas palavras no meu blogue, foram um bálsamo à minha escrita!*
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