As velhas e conhecidas

Áspera com saliências predominantes, incumbidas para agregar dores. Minhas mãos...
Ainda irreconhecível, escondidas entre luvas rasgadas, mordidas para controlar a raiva. Agarro-me ao meu pescoço impedindo o ar - áspero também - rasgando-me como se me alimentasse de pregos ou engolisse arames como se fosse um macarrão dominical.
Meu rosto agora camaleónico e tufos de cabelos espalhados ao chão exaspera-me. Saltos e saltos, e lufo numa angústia agónica.
Agora ao chão frio numa pedra quadrangular e nu. Em arrepios e só. Uma água enlameada escorre de dentro de mim, toda a sujeira que sempre acreditei.
Estive ausente, e através de minhas mãos, continuarei.



Um comentário:

de k-pax, vania disse...

Você viu algum pássaro azul??