A CRIANÇA QUE SOU

Como minhas idéias em frente ao computador não vinham. Parei e pensei: " Irei escrever sobre a primeira imagem que sobressaltar...". O raciocínio não foi finalizado e me transpôs em imagens de mutilações de animais, humanos, assassinatos, coisas explodindo, casas desmoronando...
"Algo está errado comigo", pensei.
Mesmo depois desssas imagens me pertubarem, pensei se valeria à pena omitir no precioso esconderijo de meus pensamentos que é o Escadas Horizontais, os meus "puros" desejos.
Estou sendo justo ao não confirmar a verdade imprevisível que jaz em minha alma e que implora por nascer em momentos de águas calmas? Oras. Ainda procurei as fotos, e as mutilações são tão... tão desumanas que deixei o suco de lado e fechei meus olhos para conter a náusea.
Resolvi não expor. Expor as fotos sobre essas torturas. Mas, a idéia de colocar uma imagem não me saiu tão fácil. E refleti: "Como realmente me sinto a todo momento? Do que mais, sinto inveja por saber que este passado, poderia ter um maior espaço em minhas memórias? E que futuro? Para mim é o suficiente, apenas o amanhã. O desprezo, a ponto de odiar as horas, toda passagem de tempo.
O que desejo ser, o que sou agora?"
Não é uma lamentação. Mas percebi, que não tenho anseios.
Eis a imagem:




Este pequeno texto vai dedicado, ao ser todo escrito com pensamentos da falta que faz, minha família.

Traum Bendict

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