Exatidão de não ser


Talvez cortar a garganta.
Simular subjecções entre companheiros que acabaram de se despedir em vão.
Citar e observar as complexas manifestações do belo e do sublime nos meus sentidos, hoje dispersos.
Músicas desagradáveis vindo de todos os lugares. Por cima orações... não entendem que não procuro salvação.
Roem minha garganta por dentro. Forço o vômito. Parece que são pessoas pequeninas, que reclamam e me chamam de repugnante (ecoa por dentro ou sinto-os?), reclamam mais, pois eu que os engoli. Pequenos espíritos que substituí pelo meu. Personalidades e moralismos degradados e absurdamente antiquados.
Lampejos?
Sacrilégios?
Homilia de revoltosos?
Acho que não. É apenas a individualidade e o cinismo.

Um comentário:

taty disse...

profundo de mais vc...muito triste