Ascendo o abaju, apago, a luz da saleta incomoda, apago, a escuridão suga, ascendo a luz avermelhada da saleta quanto o do abaju, me viro, o cachecol espalho entre o rosto precisamente nas narinas e tusso. Aguardo.
Inicio o ritual após o badalar das zero hora e aguardo até os barulhos dos carros, onde já cansado e inconsciente me entrego a prostituta sonífera. O tempo caminha rápido e o desinteresse é completo por essas vias insalubres.
Quando ela estava comigo, minha azeda Débora, poderia me deitar e apagar a luz sem desprezo, e seria mais agradável até, deixá-la acesa, se fosse apenas para lhe observar e lhe perguntar através de seu sonho: "Onde sem você, irei novamente escutar o seu belo sorriso? Se estamos mortos a luz não deveria ter nenhuma cor."
Um comentário:
eu gosto muito do que vc escreve...agora que nessa nova fase da sua vida,vc deveria escrever coisas menos tristes...
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