Ó cidade, onde os corvos grasnam insofridos
Onde a mácula desperta nas esquinas
Ó cidade, onde não verão seus livros envelhecerem
Onde o estio dilacera os calcanhares
Ó cidade, que na luz pendenga e assassinam seus anciãos
Onde formigam as mãos da burguesia
Ó cidade, do germe, do pus, dos advogados
Dos espíritos em decomposição
Ó cidade, onde embevece de sanha
Onde regorzijam os autômatos
Ó cidade, de céus negros e vermelhos
Onde não há vergonha em morrer nas calçadas
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