Ó cidade, onde os corvos grasnam insofridos
Onde a mácula desperta nas esquinas
Ó cidade, onde não verão seus livros envelhecerem
Onde o estio dilacera os calcanhares
Ó cidade, que na luz pendenga e assassinam seus anciãos
Onde formigam as mãos da burguesia
Ó cidade, do germe, do pus, dos advogados
Dos espíritos em decomposição
Ó cidade, onde embevece de sanha
Onde regorzijam os autômatos
Ó cidade, de céus negros e vermelhos
Onde não há vergonha em morrer nas calçadas
Arritmia
Invariáveis...
Preso numa poça, onde a chuva rasteja sorrateira
Pingos de nuvens ácidas de rancor - cambaleiam ao vento
Pisam no vulgo eu, de cima, olhos de aversão
Quadros em quadros, fotogramas nus
Quando o cheiro despertava-me...ego sã
O realismo insuficiente para mostrar a realidade
Rastejava sorrateira, mas invariável
Preso numa poça, onde a chuva rasteja sorrateira
Pingos de nuvens ácidas de rancor - cambaleiam ao vento
Pisam no vulgo eu, de cima, olhos de aversão
Quadros em quadros, fotogramas nus
Quando o cheiro despertava-me...ego sã
O realismo insuficiente para mostrar a realidade
Rastejava sorrateira, mas invariável
Noites...
Na silenciosa noite, onde criou-se a parábola do mal
Peregrina a brisa espessa e o cigarro finda ao meu andar...
Nas esquinas vazias, onde o medo contínuo repulsa
De esguelha...
Os véus brancos flutuam em socorros estridentes
A vermelhidão simbólica da morte os percorrem...
No amanhecer de eras douradas, agora lacrimejadas
Das janelas, as surdinas línguas, não mais...
No desejo supérfluo de viver - sem os nossos desejos
Cabe a imatura vontade, de cortinas emaranhadas...
No soar tenebroso, Quimera a ceifar
Decerto tilintam...para ouvidos surdos!
Peregrina a brisa espessa e o cigarro finda ao meu andar...
Nas esquinas vazias, onde o medo contínuo repulsa
De esguelha...
Os véus brancos flutuam em socorros estridentes
A vermelhidão simbólica da morte os percorrem...
No amanhecer de eras douradas, agora lacrimejadas
Das janelas, as surdinas línguas, não mais...
No desejo supérfluo de viver - sem os nossos desejos
Cabe a imatura vontade, de cortinas emaranhadas...
No soar tenebroso, Quimera a ceifar
Decerto tilintam...para ouvidos surdos!
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